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Inabalavelmente sem Fronteiras

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Dizem que a distância faz com que o amor cresça. Eu acho que posso afirmar, com todas as letras que o meu amor pelo Grêmio, se não aumentou, se tornou simplesmente inabalável. Não há jogo ruim que me faça desanimar. Se estiver acontecendo 90 minutos de desgraça pro nosso time, que não carreguemos isso para o jogo seguinte.

Mas começarei a história um pouco antes, mais precisamente naquele Grêmio 4×0 Atlético-PR, do ano passado. Foi o último jogo que assisti no Velho Casarão antes de partir pra uma viagem que acabou durando longos 8 meses e que me forçou a acompanhar o Imortal pelos Livestreams da vida.

Lembro-me muito bem daquele último jogo: O Grêmio estava começando a querer embalar no Brasileirão, era a esteia do Antônio Lopes no comando do time paranaense e a torcida do Tricolor estava apoiando o time, muito em função das 2 partidas anteriores, que o Grêmio havia jogado bem, contra Corinthians, no Pacaembu (mesmo não ganhando, o time estava “pegando forma”) e no jogo em Pituaçu, contra o Bahia, que ainda era treinado por Joel Santana que, na saída do primeiro tempo disse “nós levamos um passeio”.

De qualquer jeito, com um 4×0 no placar, não tem muito o que comentar. Escudero jogou muito naquele jogo. E, pra ser sincero, ainda me ressinto do Grêmio não ter ao menos tentado mantê-lo por aqui. Ou o Rochemback. Mas essa é outra história.

Não vi o jogo seguinte, contra o Botafogo, no Olímpico, porque eu já estava dentro do vôo. E foi inquietante. Saber que o meu time estava jogando e que eu não teria como acompanhá-lo era uma tortura.

Sempre dava um jeito de ir a algum lugar pra tentar acompanhar o nosso Imortal : se eu não tivesse como acompanhar pelos livetreams em casa, eu dava um jeito de ouvir a alguma rádio via internet ou então ia à bares, restaurantes, cafés, não importa… O que importava era não deixar de alentar.

Cada jogo era um frio na espinha, um gelo na boca do estômago, uma sensação vibrante de “eu queria estar lá” mas também a certeza de que, estivesse onde eu estivesse, eu iria alentar e que, de alguma forma, o time iria sentir e, ao menos, tentar retribuir.

Por certo o resultado do ano passado foi longe do que todos nós sempre esperamos para o nosso Imortal, mas a iminência da finalização da Arena renovava os ânimos para o ano que se iniciava.

E a cada jogo, no Olímpico ou em qualquer outro lugar, a saudade, o amor, a vontade de alentar “ao vivo” crescia absurdamente… A ponto de eu ir comemorar na rua, num frio de -20°, vestido com o manto tricolor a vitória no GRE-nada 391.

Foi então que, olhando no calendário, eu me dei conta que estaria de volta pro jogo entre Grêmio x Palmeiras – em minha opinião, um dos grandes clássicos nacionais. Meus olhos se encheram de lágrimas. Não era apenas o sentimento de estar voltando pro meu país, pra minha terra, pra minha cidade, era também o sentimento de saber que eu poderia saudar um dos nossos grandes ídolos : Felipão, o Bigode…

Cheguei ao Olímpico 1h30 antes do início da partida. Me sentei na arquibancada e fiquei lá, por longos minutos, admirando o estádio, curtindo cada segundo desses últimos segundos que o Olímpico ainda terá. A melancolia do pensamento de este ser o último ano de nossa casa se misturava à nostalgia de estar de volta e eu me sentia completamente inebriado por essas emoções.

A expectativa por poder ver o Felipão dentro do Olímpico era grande. E foi lindo ver que eu não era o único no estádio com esse sentimento de respeito e admiração, por mais que ele estivesse defendendo um time adversário. Quando ele surgiu, o estádio inteiro o aplaudia no mais puro sinal de reverência que se possa imaginar.

Quando o jogo acabou, eu estava em êxtase. Depois de 8 meses fora, querendo sentir e viver o meu time e o meu estádio, eu estava lá. Até do pastel do Olímpico, eu estava com saudades. Conta que foi devidamente acertada após o término da partida.

Infelizmente, não tive como viver o último Gauchão da nossa casa, porém, certamente viverei intensamente o último Brasileirão, a última Copa do Brasil e a última Sul-Americana do Olímpico.

Cada voz é um sussurro, mas juntos temos a força de calar até um Maracanã lotado. VAMOS VIVER O OLÍMPICO EM 2012, IMORTAIS!!!

Vinícius Toniazzo Ribeiro

 


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